06/11/2016

Um Amor Retorcido e Cruel

Crítica: Ela
2016

Poster de Ela

Ela é o novo filme do realizador Paul Verhoeven (que já realizou filmes como Robocop, Desafio Total, Instinto Fatal ou Showgirls), e apresenta ao público um thriller dramático forte, com muitas personagens à mistura e uma história desconcertante, que consegue de igual forma pôr o espectador a rir às gargalhadas como a ficar imóvel perante a acção.

Este filme foi nomeado à Palma de Ouro do Festival de Cannes deste ano e encontra-se na secção Em Competição do Lisbon & Estoril Film Festival, tendo também já passado por outros festivais de cinema, o que demonstra por si só a qualidade do filme. Isabelle Huppert interpreta o papel d'Ela, uma pessoa que teve uma infância muito problemática, e que ainda carrega esse peso consigo mesma, mas no entanto é alguém muito forte e com certezas daquilo que quer e daquilo que sabe fazer, sendo muito fria e directa quando fala com as pessoas do seu círculo social.
Quando uma pessoa estranha entra na sua vida de forma não consentida, então Ela vai ter de se transformar e lidar com os seus próprios pesadelos.

Isabelle Huppert numa imagem de Ela

Com uma boa realização e um bom elenco, Ela é um filme decente, que relata uma história pouco comum, mas que peca pelo facto de tentar misturar muita coisa ao mesmo tempo, muitas personagens secundárias, muitas histórias paralelas, que por vezes resultam, mas nem sempre. Caso a opção fosse para um filme mais intimista e focado na personagem principal em si e no seu passado, talvez o resultado final fosse melhor.

Mau | Meh | Bom

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